segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Movimentos Fetais

Referências bíblicas e inscrições de numerosas civilizações já falavam sobre os movimentos fetais. Antigamente era tido como teste de gravidez, e até 1960 era usado como sinal de vida pela paciente e pelo médico. Os movimentos fetais começam a ser percebidos em torno da 16ª semana de gestação, apesar de serem observados movimentos de corpo inteiro em embriões com 7-8 semanas durante a ultrasonografia. Os movimentos são mais frequentes no período das 21:00 hs as 01:00 hs da manhã.

Tipos de movimentos:
Simples - são batidas leves em várias partes do útero.
Rotação - são os movimentos de corpo inteiro.
Alongamento ou espreguiçamento - são movimentos longos e às vezes dolorosos.
Alta frequencia - são movimentos rápidos e seguidos, como se fossem tremores.
Movimentos respiratórios - é o que a gestante chama de "soluço do bebê". São exercícios toráxicos e abdominais que simulam respiração. O feto não respira dentro do útero.

A percepção do movimentos fetais e a avaliação diária e constante das condições de saúde do seu bebê deverão ser progressivas e em maior quantidade com o evoluir dos meses da gestação, e não deverão diminuir ou ficar estabilizados. Caso aconteça diminuição dos movimentos fetais, precisamos fazer uma avaliação da gravidez. Normalmente os movimentos fetais diminuem ao final da gravidez, quando o feto já está encaixado e o útero encontra-se mais endurecido, pois está se preparando para as contrações do trabalho de parto.
A redução dos movimentos fetais pode indicar uma posição fetal. Por exemplo: quando está sentado, ou um déficit de nutrientes e oxigênio para o bebê, bem como pode sugerir uma condição de infecção materna e fetal ou anemia materna. Quando diagnosticadas precocemente estas intercorrências, podemos fazer o que se chama de terapia fetal (tratar o bebê dentro do útero materno).
Obs.: Fique sempre atenta aos movimentos do seu bebê!

retirado de:http://www.centrodesaudedamulher.com.br/prenatal/prenatal_indice.htm

domingo, 14 de dezembro de 2008

Os Riscos Ocultos da Epidural - Parte 2

Medicamentos e toxicidade
Qualquer medicamento que a mãe receba durante o trabalho de parto vai passar, através da placenta, para o seu bebé, que está muito mais vulnerável a efeitos tóxicos. Os efeitos máximos ocorrerão provavelmente no nascimento e nas horas imediatamente a seguir, altura em que os níveis de medicação são mais elevados. Há alguns estudos sobre a condição dos bebés de epidural por ocasião do nascimento, e quase todos eles comparam bebés nascidos depois de epidurais, com bebés nascidos depois de expostos aos efeitos de medicamentos opiáceos, conhecidos por causarem sonolência e dificuldades respiratórias. Estes estudos revelam pouca diferença entre bebés de epidural e bebés de analgesia não epidural (normalmente expostos a opiáceos), em termos de índice de Apgar e pH do cordão umbilical, reflectindo estes factores a condição de saúde do bebé ao nascer. No entanto, um estudo com uma larga amostra de população na Suécia revelou que o uso de uma epidural estava associado, de forma significativa, com um baixo índice de Apgar ao nascer. Há ainda conhecimento de intoxicação medicamentosa de recém-nascidos devido a medicamentos epidurais, em especial opiáceos administrados por via epidural. A toxicidade por opiáceos no recém-nascido parece mais provável em regimes de elevadas dosagens, incluindo aqueles em que a mãe pode receber doses extra a pedido, contudo, há diferenças notáveis de sensibilidade de recém-nascido para recém-nascido. É importante salientar que a capacidade de um recém-nascido para processar e excretar medicamentos é muito inferior à de um adulto. Por exemplo, a semi-vida (tempo necessário para reduzir a metade os níveis de um medicamento no sangue) para o anestésico local bupivacaína (Marcaína) é de 8.1 horas, no recém-nascido, comparadas com as 2.7 horas na mãe. Para além disto, os níveis de um medicamento no sangue podem não reflectir de forma muito precisa os níveis tóxicos absorvidos, uma vez que os medicamentos podem passar da corrente sanguínea e armazenar-se nos tecidos do recém-nascido, como o cérebro e fígado, pontos a partir dos quais aqueles são libertados muito mais lentamente.Um estudo recente também revelou uma maior incidência de icterícia em bebés expostos a epidural. Este resultado pode estar relacionado com o aumento de partos instrumentalizados ou com o aumento do uso de pitocina.

Efeitos neurocomportamentais
São controversos os efeitos dos medicamentos epidurais no comportamento neurológico do recém-nascido (comportamento que reflecte o estado do cérebro). Estudos mais antigos, comparando bebés expostos a epidurais com bebés cujas mães não receberam qualquer medicamento, revelaram efeitos significativos a nível neurocomportamental, enquanto descobertas mais recentes com base em amostragens aleatórias controladas (que, como é referido, comparam recém-nascidos expostos a epidurais e opiáceos) não revelaram diferenças. Contudo, estes estudos mais antigos também usaram o Índice de Avaliação de Comportamento Neonatal de Brazelton (IACN, criado por pediatras), mais polivalente e difícil de aplicar, enquanto testes mais recentes usaram procedimentos menos complexos, em particular o Índice de Capacidade Neurológica e Adaptativa (ICNA, criado por anestesistas), que resume todos os dados a um único número e que foi criticado como insensível e falível. Por exemplo, todos os três estudos comparando bebés expostos a epidural com bebés não medicados, e usando o IACN, encontraram diferenças significativas entre os grupos: Ann Murray et al. compararam 15 bebés não medicados com 40 bebés de epidural e descobriram que os bebés expostos a epidural continuavam com um baixo índice IACN aos cinco dias, com especial dificuldade em controlar o seu estado. Vinte bebés cujas mães tinham recebido tanto oxitocina como epidural apresentavam índices IACN ainda mais baixos, o que pode ser explicado pela maior incidência de icterícia. Num mês, as mães de epidural consideraram que os seus bebés “manifestavam um comportamento menos adaptável, mais intenso e mais entediado. Estas diferenças não encontraram explicação em partos mais difíceis e nas subsequentes separações entre mães e bebés associadas às epidurais. Carol Sepkoski et al. compararam 20 bebés de epidural com 20 bebés não medicados, e descobriram um estado de alerta mais limitado e uma menor capacidade de orientação ao longo do primeiro mês de vida. As mães de epidural passaram menos tempo com os seus bebés no hospital, de forma directamente proporcional à dose total de bupivacaína administrada. Deborah Rosenblatt et al. submeteram bebés a testes ao longo de seis semanas, usando o IACN, e constataram uma depressão máxima no primeiro dia. Apesar de se ter verificado alguma recuperação, aos três dias os bebés de epidural continuavam a chorar mais facilmente e com mais frequência. Alguns aspectos deste problema (“controlo de estado”) mantiveram-se ao longo das seis semanas. Apesar destes estudos mais antigos terem por base o uso de epidurais convencionais, a dose total de bupivacaína administrada às mães (neste estudo, doses médias de 61.6mg,93 112.7 mg,94 e 119.8 mg,95 respectivamente) era perfeitamente comparável aos estudos mais recentes compreendendo baixas dosagens (por exemplo, 67.5 mg,96 91.1 mg,97 e 101.1 mg98).Estes estudos neurocompotamentais chamam a atenção para o possível impacto das epidurais nos recém-nascidos e na relação mãe/criança. Nas suas conclusões, os investigadores manifestam preocupação com “a importância dos primeiros confrontos com um bebé desorganizado, no modelar das expectativas maternas e de estilos interactivos."

Estudos em Animais
Estudos em animais sugerem que o desequilíbrio hormonal materno causado pelas epidurais, conforme atrás descrito, pode contribuir também para algumas dificuldades materno-infantis. Investigadores que administraram epidurais a ovelhas em trabalho de parto descobriram que as ovelhas submetidas a esta forma de analgesia tinham dificuldade em estabelecer ligação com as suas crias, sobretudo no caso das que pariam pela primeira vez, com uma epidural administrada logo no início do trabalho de parto. Não há estudos de longo prazo sobre os efeitos da analgesia epidural na descendência humana que a ela se sujeitou. No entanto, estudos em alguns animais nossos parentes próximos são motivo para preocupação. M. S. Golub et al. administraram bupavacaína por via epidural a macacas-rhesus, grávidas de termo, e acompanharam o desenvolvimento das suas crias até aos 12 meses de idade (o equivalente aos quatro anos em humanos). Os investigadores descobriram que os marcos de desenvolvimento nestes macacos se apresentavam alterados: entre as seis e as oito semanas mostravam-se atrasados no início da manipulação, e aos dez meses o aumento de “comportamentos de perturbação motora”, que são normais, apresentava-se prolongado no tempo. O autor conclui: “Estes efeitos podem ter ficado a dever-se a incidências sobre processos num cérebro ainda vulnerável, durante um período mais sensível; a interferência com a programação do desenvolvimento do cérebro por agentes exógenos [externos]; ou a perturbações em experiências precoces."

Amamentação
Como acontece na esfera neurocomportamental, os efeitos na amamentação carecem de estudos, e recentes amostragens aleatórias controladas, comparando a exposição à epidural e a medicamentos opiáceos, revelam-se muito falíveis, uma vez que os opiáceos têm um efeito negativo sobejamente reconhecido nas primeiras reacções à amamentação e no êxito da mesma. As epidurais podem afectar a experiência e o êxito da amamentação por meio de diversos mecanismos. Primeiro, o bebé exposto à epidural pode apresentar anomalias neurocomportamentais causadas pela exposição ao medicamento, que provavelmente atingirá o seu ponto máximo nas horas que se seguem ao nascimento, um momento fundamental para o início da amamentação. Uma pesquisa recente descobriu (de forma muito óbvia) que quanto melhor é o desempenho neurocomportamental do recém-nascido, melhor é também o seu desempenho na amamentação. Num outro estudo, a aptidão do bebé para mamar, medida de acordo com o Instrumento de Avaliação da Amamentação na Criança (IAAC), era mais alta entre bebés não medicados e mais baixa em bebés expostos à epidural ou a opiáceos IV, e ainda mais baixa em bebés expostos às duas formas de analgesia. Crianças com os mais baixos desempenhos eram desmamadas mais cedo, embora, em todo o caso, um número semelhante em todos os grupos fosse amamentado às seis semanas. Num outro trabalho de investigação, bebés expostos a analgesias epidurais e raquidianas apresentavam maiores probabilidades de perder peso no hospital, o que pode ser revelador de uma baixa eficiência a mamar. Outro trabalho de investigação sugeriu que o comportamento do recém-nascido face à amamentação e os níveis alcançados com o IAAC podem revelar-se normais quando é usada uma epidural de dose ultra baixa, embora, também neste estudo, os bebés com mais elevados níveis de medicação apresentassem níveis de desempenho neurocomportamental (IAAC) mais baixos, às duas horas de vida. Em segundo lugar, as epidurais podem afectar a mãe recente, tornando a amamentação mais difícil. Isto é mais provável se ela passou por um trabalho de parto prolongado, por um parto instrumentalizado, ou pela separação do seu bebé - situações mais prováveis na sequência de uma epidural. O desequilíbrio hormonal pode também ter a sua relevância, sendo a oxitocina a hormona mais importante da amamentação.Um estudo descobriu que os bebés nascidos depois de epidurais têm menos probabilidades de serem amamentados em exclusivo aquando da alta hospitalar; este era um risco de maior relevância para as mãe com epidural cujos bebés não foram postos a mamar durante a primeira hora após o nascimento. Um estudo finlandês indica que 67 por cento das mulheres que tiveram o seu trabalho de parto sob o efeito de uma epidural referiram o aleitamento artificial exclusivo ou como suplemento nas primeiras 12 semanas, comparadas com 29 por cento das mães sem epidural; as mães com epidural também referem com maior probabilidade “não terem leite suficiente” Dois grupos de investigadores suecos debruçaram-se sobre o subtil mas complexo comportamento de recém-nascidos não medicados, face à amamentação e pré-amamentação. Um grupo registou que, quando colocado pele-com-pele no peito da mãe, um recém-nascido é capaz de rastejar, encontrar o mamilo e fazer a pega. Recém-nascidos afectados por medicamentos opiáceos durante o parto, ou separados das mães por um momento, depois do nascimento, perdem grande parte desta aptidão. O outro grupo sueco descobriu que os recém-nascidos expostos a analgesia de parto (sobretudo opiáceos, mas também algumas epidurais) se apresentavam também desorganizados no seu comportamento pré-amamentação: “esfregavam e lambiam o mamilo e chuchavam na mão”, comparados com recém-nascidos não medicados.

Satisfação com o parto
Os prestadores de cuidados obstétricos assumiram que o controlo da dor é a primeira preocupação da mulher em trabalho de parto e que o efectivo alívio da dor assegurará uma experiência de parto positiva. Na verdade, há evidências do contrário. Diversos estudos demonstraram que as mulheres com trabalhos de parto não medicalizados são as que manifestam maior satisfação face à sua experiência de parto no momento do nascimento, às seis semanas, e um ano depois. No Reino Unido, em resultado de um levantamento feito entre 1,000 mulheres, aquelas que usaram epidurais referiram os níveis mais elevados de alívio da dor, mas os mais baixos níveis de satisfação com o parto, provavelmente devido aos elevados índices de intervenção.Por fim, é de destacar o facto de as preferências dos prestadores de cuidados de saúde poderem ditar em larga medida o uso de epidurais e de outros procedimentos médicos nas parturientes. Um estudo revelou que as mulheres seguidas por médicos de família, com baixas médias de uso de epidurais, tinham menores probabilidades de vir a ser monitorizadas, de vir a receber pitocina, de sofrerem cesariana e de terem os seus bebés internados numa unidade de cuidados especiais.

Conclusão
As epidurais apresentam possíveis benefícios mas também riscos significativos tanto para a mãe em trabalho de parto, como para o seu bebé. Estes riscos estão bem documentados na literatura médica, mas podem não ser revelados à parturiente. As mulheres que desejem evitar o uso de epidurais são aconselhadas a escolher prestadores de cuidados e modelos de assistência que promovam, apoiem e compreendam os princípios e a prática do parto natural e respeitado.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Parabéns Vais Ter um Bebé!


Olá Barriguitas!

O site que vos vou deixar, é na minha opinião fantástico. Além de ter a descrição da gravidez semana a semana, tem vídeos com esses mesmos desenvolvimentos! Eu lembro-me de jáo ter indicado no nosso tópico, mas foi logo no início.

Tem ainda informação para o Pai,os cuidados que devemos ter, gravidezes gemelares, Direitos no trabalho, reacções do resto da família, o parto, os primeiros dias, a amamentação e se estivermos sós!

Espero que vos seja útil, e agora que cada vez mais de nós estão em casa, poderemos pesquisar mais calmamente.
Aqui fica o link, espero que vos seja útil!

http://www.federacao-vida.com.pt/gravidez/

Beijocas

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ser Mãe...

Uma mulher extraordinária e MÃE de seis filhos, por quem tenho uma enorme estima enviou-me este texto e com ele quis transmitir algo muito importante: que no primeiro filho podemos querer provar que conseguimos fazer tudo, que somos capazes e que estamos à altura, que queremos absorver todas as tarefas porque todas elas são só nossas e que por isso não queremos que ninguém as faça por nós... Sábiamente me disse que é importante partilhar tarefas por mais simples que sejam, pois por mais básicas que pareçam significam uma ligação com a familia, uma alegria para quem pode partilhar de momentos únicos, sendo que esses possam apenas ser ajudar nas limpezas ou arrumar a cozinha... poderão dar a sentir às nossas mães, avós, tias, irmãs, amigas um sentimento de partilha e de amor... nós, que quando a barriga já pesa ou mexer já custa mais, continuamos a achar que somos capazes de tudo... mas a verdade é que o mais importante é saber pedir ajuda nem que seja apenas para conversar, saber aceitar a ajuda que nos é oferecida é, no fundo, dar graças a Deus por termos quem nos ajude...
Obrigado a si D. Fátima deixo-lhe um beijinho muito especial.

(Texto adaptado do original http://vilamulher.com.br/perfil/selmaries/blog/outros/3785-ser-mae.html)

Mãe - O Maior de todos os chamados
Estamos sentados a almoçar quando a minha filha casualmente menciona que ela e o marido estão a pensar em constituir família… “Mãe estamos a pesquisar…” diz ela, meio a brincar… “Tu achas que eu deveria ter um bebé?” “Vai mudar a tua vida” digo eu, cuidadosamente, no meu tom neutro…. “Eu sei mãe” diz ela… “Nada de dormir até tarde ao fim de semana, e nada de férias não planeadas”… Mas não era nada daquilo que eu lhe queria dizer…. Olho para a minha filha e tento decidir o que lhe dizer… Eu quero que ela saiba o que nunca irá aprender no curso de preparação para o parto… Eu quero dizer-lhe que as feridas físicas de dar à luz essas com o tempo saram, mas tornar-se mãe vai deixar uma ferida emocional tão exposta que a vai deixar para sempre vulnerável. Penso em dizer-lhe que nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar “E se fosse o MEU filho?” Que por cada acidente de avião, por cada incêndio, cada violência se sentirá assombrada. Que sempre que vir fotos de crianças a morrer à fome, se vai perguntar se existe alguma coisa pior do que ver um filho morrer… Olho para as suas unhas com manicure impecável, o seu casaco último modelo, e penso que não importa o quão sofisticada ela seja agora, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege o seu filhote… Que um grito urgente por “Mãe!” fará com que ela deixe cair o melhor doce na melhor taça, sem hesitar por um instante… Eu sinto que a devo avisar que não importa quantos anos ela investiu na carreira, irá com certeza sentir-se arrancada desse caminho pela maternidade. Ela até pode conseguir vaga no melhor colégio em prol de voltar ao trabalho, mas irá entrar numa reunião importante e só irá conseguir pensar no cheiro do seu bebé… Vai ter de usar cada milímetro da sua disciplina e auto controlo para evitar sair do trabalho a meio do dia, apenas para ter a certeza que o seu bebé está bem… Eu quero que a minha filha saiba que as decisões do dia a dia deixarão de ser coisas de rotina sem importância…. Que a decisão de um menino de 5 anos ir à casa de banho dos homens ou à das mulheres, no McDonalds’s, pode ser um grande dilema… Que no meio de bandejas barulhentas e crianças a gritar, questões de independência e género serão pensadas tendo em conta a possibilidade de que um pedófilo possa estar na casa de banho à espera… Não importa o quão assertiva ela seja no trabalho, como mãe estará constantemente a questionar-se. Ao olhar para a minha atraente filha, eu quero assegura-la de que os quilos a mais da gravidez, ela eventualmente vai acabar por perder, mas jamais se voltará a sentir o mesmo sobre si mesma. Que a VIDA dela, hoje tão importante, será relativa quando tiver um filho... Que a daria num segundo para salvar a sua cria, mas que começará a desejar mais anos de vida – não para realizar os seus sonhos, mas para ver os seus filhos realizarem os deles… Eu quero que ela saiba que a cicatriz da cesariana ou as estrias se vão tornar medalhas de honra. Que o relacionamento da minha filha com o marido vai mudar, mas não da forma que ela pensa… Ela vai descobrir que se pode amar mais um homem que tem cuidado ao passar o creme no bebé ou que nunca hesita em brincar com o seu filho… Eu acho que ela devia saber que se pode voltar a apaixonar por ele por razões totalmente diferentes das iniciais e que na altura até não ia achar nada românticas… Eu queria que a minha filha pudesse perceber a ligação que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, com os preconceitos, com os motoristas bêbados… Eu espero que ela possa entender agora porque é que eu penso de forma racional para a maioria das coisas mas que me descontrolo quando discuto a ameaça das guerras nucleares para o futuro dos meus filhos… Eu quero descrever à minha filha a enorme emoção de ver um filho aprender a andar de bicicleta… Eu quero que ela sinta a gargalhada deliciosa de um bebé que toca, pela primeira vez no pêlo macio de um cão ou gato… Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer… O olhar estranho da minha filha faz-me perceber que tenho lágrimas a cair pelo rosto… “Não te vais arrepender nunca” digo finalmente…. Então estico a minha mão sobre a mesa e aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram, no seu caminho, este que é o mais maravilhoso dos chamados… Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A LINGUAGEM SECRETA DO CHORO DOS BEBÉS...

O que é o Dunstan Baby Language System?
O Sistema Dunstan Baby Language ensina-o(a) a compreender o significado do choro do seu bebé. Como mãe/pai poderá interpretar os sons e o choro do seu bebé e responder às suas necessidades de forma rápida e eficaz.
Todos os recém-nascidos comunicam desde o nascimento até aos 3 meses através de 5 sons tipo que sinalizam Fome, Cansaço, Necessidade de Arrotar, Gases e Desconforto. Estes sons tipo são a sua forma natural, reflexa e inata dos bebés expressarem as suas necessidades. Quanto mais cedo e mais correctamente os pais conseguirem identificar essas necessidades, melhor poderão corresponder-lhe, resultando em menos choro e menos desconforto para o bebé (e para os pais...).
Após 8 anos de investigação, Priscilla Dunstan revelou a sua descoberta na compreensão das "palavras" dos bebés a nível universal. O Sistema Dunstan Baby Language ensina as 5 "palavras" do seu bebé, como acalmá-lo e dar-lhe alguns conselhos úteis.

Pretende-se com este método:
MENOS CHORO
MENOS STRESSE
MAIS SONO
MAIS CONFIANÇA
MELHOR VINCULAÇÃO
DIA-A-DIA MAIS FÁCIL


É preciso um ouvido apurado, alguma paciência e tentar perceber a diferença entre os choros....

O que tenho encontrado na net sobre esta linguagem é a pagar, assim, por causa da crise, aqui fica alguns videozitos, só para ficarmos com um cheirinho... O video da Oprah acaba por ser o mais completo, mas recomendo que vejam todos os videos, porque é dificil de captar os sons.
ah, e parece que temos de aprender até aos 3 meses do nenuco, senão já não dá!!!

As palavras são:
Neh - Fome
Owh - Cansanço ou sono
Eh - Arroto
Eiah - Gazes
Heh - Desconforto

Na Oprah, em Inglês...





Num outro programa, tb em inglês




Outro…




Este é o vídeo de exemplo do DVD que se vende…




Vamos tentar?!?

domingo, 7 de dezembro de 2008

Azia na Gravidez

Muitas grávidas sofrem de azia, também chamada de refluxo, algo que pode ser muito desconfortável. A azia e a indigestão são mais comuns durante o terceiro trimestre da gravidez porque o útero em crescimento provoca pressão no estômago e no intestino. A pressão no estômago faz com que o conteúdo do estômago volte para o esófago.
A azia na gravidez também surge porque o aumento do nível da hormona progesterona leva ao relaxamento do corpo incluindo o esfíncter esofágico inferior (válvula entre o estômago e o esófago) que costuma estar bem fechado, mas ao relaxar deixa o conteúdo do estômago voltar para o esófago, provocando uma irritação no esófago.
A azia é caracterizada por uma sensação de queimadura que ocorre no centro do peito. A sensação de ardência no peito e garganta, o sabor ácido na boca, podem ser sintomas muito comuns.
Ainda que eliminar a azia por completa seja praticamente impossível, existem algumas medidas que podem ajudar a diminui-la:
Evite bebidas e alimentos que causam perturbações gastrointestinais como bebidas com gás, álcool, cafeína, chocolate, sumos de fruta ácidos, tomate, mostarda, vinagre, carne processada, fritos, comidas gordurosas, comida picante ou muito condimentada.
Não coma grandes refeições, em vez disso coma várias refeições ao longo do dia. Demore o tempo suficiente a comer e a mastigar bem os alimentos. Coma 5 a 6 refeições mais pequenas durante o dia, em vez de menos e maiores
Mascar pastilha elástica depois de comer ajuda a estimular as glândulas salivares produzindo mais saliva, que ajuda a neutralizar o ácido estomacal.
Não coma antes de ir para cama, 3 horas antes de ir dormir evite comer, pois quando estiver deitada os ácidos estomacais são mais fácies de subir.
Durma com uma ou várias almofadas altas, de forma a elevar o corpo mantendo os ácidos onde devem de estar, ajudando também à digestão.
Controle o seu peso, juntamente com os conselhos e a supervisão do seu médico.
Use roupa larga e confortável especialmente à volta da cintura e estômago.
Felizmente muitos dos casos mais graves podem ser tratados com alguns medicamentos. Se estas medidas não ajudarem peça ao seu médico para lhe receitar um medicamento para a azia, no entanto não tome nenhum sem antes consultar o seu médico, pois nem todos são seguros durante a gravidez.

Texto retirado de : http://demaeparamae.pt/artigos/azia-gravidez-como-diminuir-desconforto

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Desenhos para imprimir

Ora fica aqui o link para as mamãs artistas do pedaço (eu não) que gostam de bonecos da Disney e querem desenhos para colocar nos babetes fraldas e afins...
Beijokas mafalda_miau

http://www.desenhosparacolorir.org/

http://colorirdesenhos.com/

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Roupinhas online...

Já reparei que algumas mamãs do norte não têm acesso a muitas coisas da maiorista e os preços que se praticam lá por essas bandas são muito elevados...Fica aqui o link de um site onde arranjam de tudo e bem em conta...só têm é de procurar bem mas está tudo separadinho por etiquetas...Espero que gostem...jinhux Mafalda

http://mundodosbebes-mfada.blogspot.com

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Para quem ainda não pintou o quartinho...

Pois, possivelmente já venho tarde, mas só agora me lembrei mesmo!

Para as meninas da zona de Lisboa, existe a Pingasso além de mobiliário e decoração, fazem umas pinturas de parede que só visto! Uma delícia...ficam aqui umas amostras lindas...


Beijocas

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Lista das Mamãs de Janeiro, por DPP



À data temos:
23 príncipes, 28 princesas e 2 suspenses!!!!




domingo, 23 de novembro de 2008

Último mês

Tomás, estamos mesmo na recta final!!!
Quero-te agradecer estes 8 meses passados em eterna harmonia, onde nos momentos
mais difíceis, és sempre tu que me dás as forças que faltam para sorrir.

Como Dormir Bem!

Com base no livro "Método Estivill - Um guia rápido para os pais ensinarem os filhos a dormir"

Apenas um pequeno resumo do método apresentado no livro para vos dar algumas dicas! Não deixem de o ler na integra porque vale a pena!

Aos pais:

" Se o vosso filho não dorme bem, não é por vossa culpa, simplesmente ninguém vos explicou como devem fazer. Responsáveis só seriam se depois de conhecerem o método não o aplicassem devidamente.

Consequências de não dormir bem:

Em lactentes e crianças pequenas
- Irritabilidade
- Choro frequente
- Dependência de quem cuida deles, não sabem estar sozinhos

Em crianças em idade escolar
- Insucesso escolar
- Insegurança e timidez
- Mau carácter

Nos pais
- Cansaço
- Insegurança
- Sentimentos de culpa
- Acusações mútuas no casal
- Mudanças radicais na vida do casal
- Frustração perante a situação
- Sensação de fracasso e impotência
- Reacções agressivas

A fisiologia do sono e o relógio biológico:

Os recém nascidos têm um ritmo biológico ultradiano que dura 3 a 4 horas. Durante este periodo acordam, são lavados, comem e dormem, repetindo depois todo o processo.

Por volta dos seis meses os bebés adaptam-se a um ritmo circadiano, idêntico ao dos adultos. Quer dizer, a repetição sistemática de actividades deveria mudar cada 24 horas. Assim, ao chegar a noite deveriam dormir entre 11 a 12 horas seguidas (para além das possíveis sestas).

Cerca de 70% das crianças muda de ciclo sem dificuldade graças a um grupo de células do cérebro humano que funcionam como um relógio.

O resto das crianças precisa de pequenos estímulos que as ajudem a dar corda ao relógio. Os principais são:

- Reforçar o contraste entre:
» Luz (de dia) e escuridão (de noite)
» Ruído (de dia) e silêncio (de noite)
- Ajudar com as refeições para anunciar a hora de dormir.
- Ensinar o hábito de sono - mostrar à criança como pode conciliar o sono por si mesma.

Aprender o hábito de sono

Como se configura um hábito:

» Associando elementos externos ao referido hábito e repetindo sempre a mesma associação (para a refeição empregase sempre os mesmos elementos: cadeirinha, babete, prato, e colher).
» Mostrando uma atitude segura e confiante.

Como comunica uma criança?

» Realizando acções que procuram provocar a reacção dos pais.

Acções inadequadas da criança, ao deitar:

» Entre os 6 e os 18 meses: choro, gritos, vómitos, debater-se...
» A partir dos 18 meses (ja utilizam palavras): tenho chichi, quero água, conta-me uma história, tenho medo, dói a barriga...

As acções e comportamentos inadequados das crianças devem ser ignorados pelos pais para que não sejam reforçados. Por sua vez é preciso ensinar-lhes o comportamento adequado.

Como se ensina o hábito de sono?

Quando chega o momento de ensinar uma crinaça a dormir não se distingue entre o bebé e uma criança de quatro anos. Em todos os casos é necessário:

1. Preparar elementos externos. Excolherão pessoalmente os elementos que acompanharão a criança durante toda a noite:

» Um boneco (ex. o "Zézinho")
» Chucha se a usar
» Um cartaz com um desenho amigável ou um mobil que possa ver mas não tocar.

2. Fixar horários
3. Mentalizar-se. Adquirir uma atitude segura e firme.

Passo a passo:

a) O hábito da afectividade. Depois do banho e do jantar dedicarão 5 a 10 minutos a partilhar uma actividade agradável com a criança.
b) Uma vez no quarto, deitarão doce e serenamente a criança, e da mesma maneira repetirão a frase "Meu amor, o papá e a mamã vão ensinar-te a dormir sozinho. A partir de hoje dormirás aqui, no teu quarto, com o cartaz da lua, o móbil, a chucha e o Zezinho"
c) Se for necessário - se a criança chora desconsolada - realizam-se pequenas visitas para tranquiliza-la, não para adormecê-la, respeitando horários fixos entre cada uma das visitas."

in Estivill, E. 2004. Método Estivill - Dr. Eduardo Estivill - Um guia rápido para os pais ensinarem os filhos a dormir. Dom quixote.

Opinião pessoal:

Bem este método pode ser muito bonito no livro... na prática de certo imagino que deva ser extremamente complicado conseguir respeitar algumas regras... no entanto sabendo um bocadinho mais sobre a forma como as crianças nos conseguem manipular pode-se conseguir contornar essas comportamentos e mostrar formas positivas de crescerem(mos) todos saudáveis e em harmonia.

Aqui é importante reter que em tudo as crianças necessitam de regularidade, rotinas e repetição para se sentirem seguras. Como são capazes de prever o que vai acontecer sentem-se bem e respeitam as regras pois estas não se alteram só por haver birras ou choros...

Para pais de primeira viagem e até para todos os outros pode ser um desafio aplicar um método comportamentalista deste género mas acredito que para bem de todos vale a pena saber guiar as aprendizagens para que não nos deparemos com situações de frustração e insegurança da nossa parte que se vão refletir nas nossas crianças. É ter consciência que a capacidade manipulativa das crianças é algo extraordinário e pela acção-reacção somos nós que, se não estivermos atentos, acabamos por reforçar comportamentos inadequados.

Obviamente que para tudo isto há o bom senso e é nessa base que deveremos sempre agir com os nossos filhos. No fundo tudo isto para crescerem felizes e saudáveis. A maior prova de amor que podemos dar aos nossos filhos é transmitir-lhes segurança, confiança e consistencia só assim crescerão pautados por esses valores e poderão ser pessoas felizes e de sucesso. Não será sermos premissivos, deixar fazer tudo etc que lhes dará confiança mas sim torna-los-à exigentes mas inseguros.

Espero que este tema vos seja útil, este é um método, há com certeza muitos mais resta-nos aplicar o que identificamos como mais adequado à nossa vida e às nossa vivências.

Deixem as vossas opiniões!

sábado, 22 de novembro de 2008

O primeiro exame médico do bebé

Nas primeiras horas de vida, o bebé é totalmente analisado pelos médicos. Realizam-se diversos testes e medições para assegurar que a criança está perfeitamente saudável e que é seguro levá-la para casa.

Exame médico preliminar

Após o parto e o primeiro contacto com a mãe, o bebé é, nas primeiras horas de vida, lavado, vestido e cuidado, desde que apresente todos os sintomas de uma criança saudável. O médico faz uma análise preliminar da saúde do bebé, através do teste de Apgar. Se os resultados forem satisfatórios, o bebé é entregue aos cuidados dos pais e da enfermeira e só posteriormente é que é realizado um exame mais pormenorizado. Durante esse exame o bebé é pesado, medido o seu cumprimento, tamanho da cabeça (perímetro craneano), cor e aspecto da pele, postura e feita a pesquisa dos diversos orgãos. Este exame é feito pelo médico em todo o pormenor.

Medições

Um bebé não é apenas pesado e medido para verificar quais as suas dimensões e se elas são normais para uma criança com a sua idade de gestação. O médico procura também medir a cabeça e verificar se a mesma está bem proporcionada em relação às diferentes partes do corpo. Se as medidas do bebé não correspondem exactamente às da média, isso pode não representar um factor de risco em relação à sua saúde. Pode indicar apenas atraso de crescimento que é facilmente recuperável. No entanto, é sempre prudente analisar os outros aspectos.

Pele

A pele de um recém nascido é geralmente cor de rosa ou mesmo avermelhada durante as primeiras horas de vida, enquanto não se habitua à temperatura e ao ambiente fora do ventre materno. As pontas dos dedos das mãos e dos pés podem estar ligeiramente azuladas devido à falta de circulação sanguínea, mas depois de algumas horas assumem uma tonalidade mais normal.

Cabeça do recém nascido

O esforço do parto, se for normal e a cabeça tiver saído primeiro, implica uma pressão sobre essa parte do corpo do bebé, originando uma deformação que pode durar diversos dias. Os ossos que formam o crânio são flexíveis e sobrepõem-se, o que pode levar a uma compressão da cabeça após o parto. Feridas na cabeça ocasionadas pelo parto também são frequentes, mas tendem a cicatrizar rapidamente. A cara do bebé poderá também ficar deformada e assimétrica devido ao parto. Isso ocorre devido a uma lesão nos nervos de uma parte da face e embora demore alguns dias ou semanas a recuperar, a cara do bebé, na maior parte dos casos, ficará perfeitamente normal.

Órgãos internos

O médico deve analisar ainda os órgãos internos do bebé. Ao escultar o coração e os pulmões o médico pode detectar se os mesmos estão a funcionar normalmente ou se haverá algum problema de saúde. Uma cor da pele anormal poderá ainda indicar um problema grave, e deverá ser levada em consideração nesta fase. Através da palpação, o médico pode ainda determinar a posição e tamanho de outros órgãos internos localizados no abdómen como o fígado, o baço e por vezes os rins. Muitas vezes podem descobrir-se doenças de nascença graves, através de um posicionamento incorrecto dos órgãos. Se o médico desconfiar de algum problema mais grave poderá recorrer a exames mais aprofundados.

Braços e pernas

Os reflexos do bebé devem ser testados para que o médico se assegure do bom funcionamento do sistema nervoso. Nesta fase, devido à imaturidade neurológica (imaturidade do sistema nervoso) os movimentos não são voluntários, mas resultam de uma actividade reflexa. O médico analisa ainda a flexibilidade e a mobilidade dos braços e pernas para garantir que os músculos não têm qualquer problema. As ancas devem também ser cuidadosamente testadas pois um problema frequente em recém nascidos é o das ancas "deslocadas". Este problema pode ser facilmente corrigido se as ancas do bebé forem mantidas na posição correcta durante alguns dias, pois nesta fase as estruturas articuladas ainda são muito flexíveis.

Aparelho genital

Por fim, o médico deve analisar o aparelho genital do recém nascido para garantir que não tem também problemas a este nível. Problemas de vária ordem são vulgares nos recém nascidos, em especial do sexo masculino e podem ser resolvidos por vezes com recurso a operações cirúrgicas ou, outras vezes, evoluem naturalmente. A presença das hormonas maternas na altura do parto pode provocar um inchaço, nos primeiros dias, no aparelho genital feminino, mas quando o bebé atingir o seu equilíbrio hormonal assumirá um tamanho normal.

Texto retirado de http://bebes.clix.pt/biblioteca/menu1.asp?IDNoticia=417, todos os links estão activos a partir deste post.

Teste de Apgar

Nos primeiros minutos de vida, os médicos avaliam o estado geral de saúde de um bebé através de um teste muito simples, o teste de Apgar, que serve para medir cinco dos principais indicadores de saúde de um recém-nascido.

A anestesista Virginia Apgar, em 1952, desenvolveu um teste para avaliar de forma objectiva a vitalidade do recém-nascido, logo após o nascimento. A partir desta data, em todos os partos o seu teste é aplicado e milhões de bebés têm assim melhores possibilidades de receber os cuidados de saúde que necessitam desde o primeiro minuto de vida. Muitos recém-nascidos aparentam estar perfeitamente saudáveis, mas podem não estar e por isso é que este método de avaliação é tão importante, pois para além de ser rápido e indolor, assegura aos pais e aos médicos de que tudo está bem com o recém-nascido. O teste de Apgar é geralmente aplicado no primeiro minuto de vida após o corte do cordão umbilical e mais tarde, aos cinco minutos de vida, para confirmar os resultados. Consiste na verificação de cinco indicadores básicos:
Os batimentos cardíacos.
A respiração.
O tónus muscular.
Os
reflexos.
A cor da
pele do bebé.

Pontuação

A cada indicador é atribuído um número numa escala de zero a dois. Um valor mais baixo indica que as respostas do bebé à análise foram fracas, enquanto o dois significa que foram registadas respostas totalmente normais. Depois de avaliados cada um dos diferentes aspectos, os pontos são somados para indicar um valor de saúde geral do bebé. É normal não ter todos os indicadores com o nível máximo e isso não significa que o bebé seja pouco saudável. No entanto, valores gerais baixos podem indicar problemas. Geralmente a interpretação dada ao valor obtido é a seguinte:
Bebés que obtenham um total entre dez e oito na escala de Apgar são considerados em excelente condição física e necessitam apenas dos cuidados pós-natais normais.
Recém-nascidos que obtenham um valor entre cinco e sete estão em condições de saúde médias e podem necessitar de auxílio para respirar.
Um valor abaixo de cinco na escala de Apgar exige que o bebé tenha cuidados especiais imediatamente, pois significa que tem problemas de saúde.


Significado do teste de Apgar

O teste de Apgar é utilizado nos partos para avaliar a condição de um bebé porque é fácil, rápido e analisa todos os aspectos essenciais. Não é, no entanto, um indicador da evolução futura do estado de saúde da criança. Um bebé que tenha um valor baixo no teste poderá permanecer saudável durante toda a sua vida embora tenha tido um começo mais difícil enquanto que um valor de 10 à nascença não significa automaticamente que a criança seja absolutamente saudável. Geralmente este teste é utilizado para determinar se o bebé consegue respirar sozinho ou se é necessário auxílio. Um exame médico mais completo será feito nas horas seguintes ao parto e determinará a existência ou não de outros problemas mais dificilmente detectáveis.

Texto retirado de http://bebes.clix.pt/biblioteca/menu1.asp?IDNoticia=417 todos os links estão activos a partir deste post.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Aulinhas PP - Parte II - Bebes

LIMPEZA DO CORDÃO UMBILICAL

Não se deve usar álcool a 70º.. fiquei espantada... até já ia comprar... Ela diz que até há bem pouco tempo era isso que se fazia mas isso já está ultrapassado. Deve-se lavar o cordão no banho normalmente e secar muito bem a toda a volta (levantar bem o grampo que fecha o cordão para chegar a todo o lado) com uma compressa esterilizada. O cordão não pode ter cheiro Outra coisa que sempre imaginei que tinha... então se ele vai ficando negro e seco... pensei que fosse normal. Ela diz que devemos cheirar o cordão no primeiro dia. Não cheira a nada. Cheira a pele. e esse é o cheiro que se deve manter.... se cheirar mal há infecção (ou se à volta o abdomen estiver vermelho). O cordão nos primeiros dias tem uma cor leitosa (1º e 2º dia). Depois fica acastanhado, dpois esverdeado, e depois preto. Passa de leitoso para gelatinoso e depois seco. É importante não cobrir o cordão com nada (dantes usava-se faixas, depois passou a usar-se compressas). O cordão deve ficar ao ar e NÃO DEVE SER TAPADO COM A FRALDA. Como no início as fraldas são sempre um bocadinho grandes, deve-se dobrar em cima para que o umbigo fique de fora. Não usar no bebé nem betadine, nem álcool. Mesmo depois de cair, às vezes vê-se um bocadinho de sangue ou uma secreção amarela no umbigo. Só é preciso lavar bem. Não aplicar nada.

LIMPEZA DO NARIZ

Os bebés só respiram pelo nariz por isso qualquer obstrução nasal deve ser seguida com preocupação. Em caso de obstrução deve-se colocar algumas gotas de soro fisiológico nas narinas do bebé, especialmente dez minutos antes de mamar (com o nariz entupido ela não vai mamar bem.). Deve-se colocar as gotas dez minutos antes porque eles ficam muito zangados e se dá logo a mama eles rejeitarão. Em casos de não ser suficiente o soro deve-se recorrer a desentupidor nasal: não se deve usar daqueles desentupidores com uma bolsa de ar que se aperta (eu já tinha comprado um desses…). Deve-se usar uns que são um tubinho que é a própria mãe ou pai que aspira…. Permite um maior controle. Os outrso podem ser traumatizantes para o bebé. Ela recomendou o da Narinel.

BOCA

A boca, por causa do leite é esbranquiçada, de um modo homogéneo (por todo o lado).. Se aparecerem só umas bolinhas brancas é candidíase (aquilo a que vulgarmente chamamos sapinhos) e é necessário tratar bebé e mãe (muitas vezes as mamas não apresentam indícios e as pessoas não tratatm… depois aparecem gretas que nunca fecham…). Quando há candidíase na boca, essa infecção passa para todo o sistema digestivo do bebé e aparecem no ânus umas bolhinhas muito luzidias. Esta situação faz que com a evaciuação seja dolorosa para o bebé, e ao mamar ele também sente dor. É NORMAL aparecer uma bolhinha no lábio superior do bebé. É o chamado calo da amamentação.

PELE

Primeiro é rosa. Depois, durante os primeiros dias, a pele pode ficar seca e descamativa. Quando a pele fica muito amarela (inclusive interior dos olhos) pode ser Icterícia. Mas é normal a pele ficar um bocadinho mais amarela… è necessário que o bebé apanhe muita luz natural. Em casa devem-se correr cortinas e deixar entrar muita luz. Os bebés, mesmo no Inverno, (aqui a minha vai nascer no Inverno) devem dar passeios diários. Claro que é necessário agasalhá-los bem. Deve-se fazer os passeios (isto no Inverno) no final da manhã e início da tarde Vernix È uma camada de gordura que cobre a pele do bebé. Esta camada protege-os e mantém a pele hidratada. Ajuda-os também a controlar melhor a temperatura. Por isso hoje em dia nas maternidades e hospitais só dão banho ao bebé ao 2º dia. No primeiro só o limpam. Assim preservam esta camada na pele no primeiro dia. Milia ou acne nasal É o que vulgarmente se chama medrar. Se não aparecer pus n~ºao é necessário tratar. Desaparecerá em poucos dias.


CORRIMENTO ESBRANQUIÇADO NAS MENINAS

Nos primeiros dias as meninas apresentam muitas vezes uma secrecção esbranquiçada na vagina. É normal!! Deve-se limpar normalmente.

PSEUDO MENSTRUAÇÃO

Algumas meninas, nos primeiros dias, apresentam um pequeno corrimento e sangue na vagina. È normal. Como deixa de estar exposta aos estrogénios da mãe, o útero delas sofrem uma pequena descamação e surge uma pseudo-menstruação. Limpar normalmente.

URINA

O bebé urina várias vezes ao dia (é necessário verificar se ele urina pelo menos 4 vezes). Se não urina é sinal de que está a mamar pouco ou pode ser um sinal de que os rins estão a funcionar mal. Nos primeiros dias pode ser cor de tijolo. È normal.

FEZES

Nos primeiros dias é o mecónio que sai. É pegajoso, pastoso (escuro ou esverdeado). Deve-se dar de mamar muitas vezes para ajudá-los a eliminar todo o mecónio. Se o mecónio permanecer muito tempo no intestino do bebé pode gerar icterícia. Em 3 ou 4 dias as feses tornam-se mais amarelas e líquidas. Deve-se mudar a fralda sempre depois da mamada. Porque sempre que mamarem, vão evacuar. È imediato. Isso é um sinal de que os intestinos estão a funcionar bem.


BANHO

O banho deve ser diário. Neste momento há estudos a decorrer que defendem que não deve ser diário (porque se torna demasiado agressivo para a pele do bebé . Mas como ajuda muito a relaxar, para já, enquanto não há resultados mais concretos, mantém-se a recomendação para um banho diário. Não há um horário ideal para o banho. A hora ideal será aquela em que os dois progenitores estiverm mais disponíveis. È um momento que ajuda muito a criar laços entre pais e bebés e deve ser saboreado. Normalmente escolhe-se dar banho à noite porque o banho ajuda os bebés a relaxarem. Depois mamam e dormem quase cinco horas seguidas… Mas também há bebés que ficam muito despertos depois do banho… nesses casos será melhor optar por dar banho de manhã. Deve-se dar banho o mais próximo possível da hora da mamada seguinte. Não é que eles tenham um indigestão com o banho. Mas ao dar banho mexe-se muito no bebé. Roda-se, levanta-se, deita-se… por isso o bebé, se tiver mamado há pouco tempo, irá regurgitar… È importante que o sítio onde se despe o bebé, dá banho e volta-se a vestir seja o mesmo local. Não se deve, por exemplo, despir no quarto, dar banho na casa de banho (banheiro) e vestir no quarto outra vez. Deve-se escolher um só local. Não importa se se dá banho no quarto ou na casa de banho. Isso é conforme dá mais jeito aos pais, O que importa é que se faça tudo no mesmo local. Antes de despir o bebé tudo deve estar preparado. Banheira (água tépida a 36,5, 37 graus) Toalha Sabão com ph neutro (glicerina amarela é o recomendado) Compressas esterilizadas (para limpar o cordão) Óleo de amêndoas doces (SOS - só se usa em sos nas zonas mais descamadas da pele após o banho) Roupa do bebé pela ordem que vai ser vestida Fraldas Os bebés perdem muito calor pela cabeça, por isso aconselha-se o uso daquelas toalhas com capucho. Mesmo quando se usa um termómetro para controlar a temperatura da água, devemos sentir a temperatura com o cotovelo (o termómetro pode avariar) antes de inserir o bebé na banheira. Nos primeiros 3 meses não se devem usar produtos como gel, ou sabões perfurmados…. (outra surpresa). SÓ SE DEVE LAVAR O BEBÉ COM UM SABÃO DE PH NEUTRO. Ela recomenda um sabão de glicerina amarelo (os de outras cores já têm alguns produtos) O nível da água deve ser pelo umbigo do bebé. Começa-se sempre a lavar de cima para baixo e da zona mais limpa para a mais suja. Assim: Lava-se primeiro a cara do bebé e olhos. Os olhos não se podem lavar com sabão. Deve-se lavar os olhos do canto externo para o canto interno e massajar ligeiramente no cantinho (ajuda a desentupir o canal lacrimal). (ao longo do dia se tiver olhos remelados limpa-se com uma compressa) Depois lavar a cabeça (não esquecer atrás das orelhas) com sabão e retirar imediatamente para que não escorra para os olhos do bebés. Depois lavar bem o pescoço, peito e braços do bebé (lavar bem nas ruguinhas) Depois as pernas os pés. Em seguida, vira-se o bebé e lavam-se as costinhas. Por último lava-se a área genital sempre da frente para trás. Retirar o bebé para a toalha e limpá-lo bem (não esquecer de limpar atrás das orelhas (aparecem muitos bebés com micoses porque essa parte não é bem seca depois do banho). Secar bem com compressas esterilizadas o umbigo e a zona envolvente ao umbigo do bebé. Colocar a fralda e vestir o bebé.

FRALDA

Quando mudamos a fralda, devemos estar atentas ao rabinho do bebé e ver se está vermelho ou não. Caso esteja normal não se deve aplicar creme para assaduras (muitas vezes nas farmácias aconselham pôr sempre o creme como prevenção - isso não é bom para o bebé . Evitar usar toalhitas. Limpar sempre com uma fralda de algodão molhada ou com óleo de amêndoas doces. Após a limpeza todo o rabinho deve ficar bem seco. Não usar pó de talco, Está completamente ultrapassado (faz mal ao bebé porque o bebé respira o pó e causa bronquiolites). Para além disso, seca muito a pele do bebé.

COMPLICAÇÕES FREQUENTES

Descamação do couro cabeludo (crostas na cabecinha do bebé Antes do banho aplicar óleo de amêndoas doces, massajar levemente. Deixar actuar. Depois, no banho , tentar retirar as crostinhas com a mão. Irritações do rabinho Quando há irritação na pele do rabinho do bebé, as chamadas assaduras, deve-se ter o cuidado de manter o bebé o mais seco possível e deixar arejar sempre que possivel. Aplicar creme de assaduras. Se a assadura continua é necessário verificar se não é alergia àquela marca de fraldas ou mesmo às fraldas descartáveis. Se não melhorar, consultar o médico (pode ser candidíase

Aulinhas PP - Parte I - Amamentação

AMAMENTAÇÃO

Para amamentar é preciso EMPENHO E MOTIVAÇÃO, se não acaba por se desistir à primeira dificuldade. A Organização Mundial de Saúde defende a exclusividade da amamentação até aos 6 meses de idade. Não é necessário dar água ao bebé enquanto se amamenta. O leite já contem água suficiente. Durante a amamentação deve beber-se muita água A alimentação da mãe durante a amamentação deve ser uma alimentação saudável (semelhante àquela que se teve durante a gravidez - exceptuando os cuidados com a toxoplasmose) deve ser rica em legumes, frutas. Não se deve comer alimentos muito ácidos ou muito condimentados.
Deve-se amamentar num sítio calmo, e evitar ao máximo amamentar na presença de visitas. Na amamentação há duas hormonas importantes: a Prolactina - responsável pela produção de leite - e a Ocitocina - responsável pela saída do leite. Às vezes não há produção de Ocitocina e apesar da mama estar cheia (devido ao efeito da prolactina) não sai leite. Nesta fase há muita gente que pensa que o leite é fraco, que não tem leite suficiente.. A não produção de Ocitocina é devida ao stress, à dor (porque nos primeiras mamadas dói um bocadinho amamentar).
Estes factores favorecem o aparecimento da adrenalina que funciona como um inibidor da ocitocina. Nestas situações é importante que a mãe descanse e relaxe. Em casos mais difíceis, há sprays de ocitocina mas tem que ser usados com orientação médica).
Quanto mais se amamenta mais leite se produz. Caso o bebé mame pouco (no caso de bebés mais preguiçosos) é necessário estimular a mama com uma bomba de extracção de leite. Factores que também interferem na amamentação: - soutiens demasiado apertados ou com aros - Pílulas de estrogénio Nos primeiros dias a mama tem pouca quantidade de leite (porque é isso que o bebé necessita): é o colostro.

O COLOSTRO

É muito líquido, claro e amarelado. Entre o 3º e o 5º dia após o parto dá-se a subida do leite. O leite vai engrossando até ficar “leite maduro” por volta do 10º dia. Durante a mamada, o 1º leite que sai é rico em água e açúcares e, durante a mamada, vai-se tornando mais rico em gorduras. Por isso, o bebé deve mamar numa mama até esvaziar a mama (o conceito de que deve mamar dez minutos em cada mama está ultrapassado. Alíás, esta crença é um dos factores que leva muitas mães a acreditar que o seu leite é fraco, uma vez que o bebé acaba por mamar apenas o 1º leite de cada mama). Só depois de ter esvaziado uma mama é que se deve oferecer a outra ( e entre as mamas o bebé deve arrotar. Oferece-se a outra mama e se ele quiser mais mama, senão rejeita). Na mamada seguinte deve-se começar pela mama em que o bebé mamou menos na mamada anterior. O ideal é que a primeira mamada da vida de um recém-nascido seja na primeira ½ hora ou 1 hora após o parto. Porquê? - Porque facilita a aprendizagem da sucção por parte do bebé - porque estimula a produção de Prolactina e Ocitocina - estimula a eliminação rápida do mecónio (pasta escura que o bebé acumla nos intestinos durante a gravidez)

HIGIENE DA MAMA

Não se deve estar sempre a lavar a mama. O banho diário normal é suficiente. Lavar muitas vezes o mamilo (que é uma prática comum entre as mães que amamentam, apesar de errado) torna a pele mais seca, mais sensível e as gretas acabam por aparecer). Deve-se lavar muito bem as mãos antes de amamentar antes de colocar o bebé no peito extrair um bocadinho de leite e espalhá-lo no mamilo. Isso é suficiente para hidratar e hiegienizar o mamilo. SÓ É NECESSÁRIO LIMPAR O MAMILO ANTES DE DAR DE MAMAR CASO SE TENHA APLICADO UM CREME PARA GRETAS (deve usar-se uns à base de lanolina).

PASSOS PARA DAR DE MAMAR CORECTAMENTE

Deve-se lavar muito bem as mãos antes de amamentar - Acordar bem o bebé (é necessário que ele esteja bem desperto para mamar - se ele estiver muito quente enrolado em mantas acaba por estar sempre ensonado e não mama bem) - escolher um local calmo e, de preferência, sem vistas à volta. - a mãe deve sentar-se numa posição confortável, com as costas direitas e bem encostadas (se necessário apoiar os pés num banquinho; - deve-se também usar almofadas - de preferência uma em forma de U para apoiar bem o bebé e subir o corpo do bebé. Não é a mama que vai ao bebé mas o bebé que vai à mama!!) - o corpo do bebé deve ter o corpo bem rodado para nós ( e não com a barriga a apontar para o tecto) - deve-se espalhar um bocadinho de leite no mamilo. Isso para além de hidratar e higienizar o mamilo estimula o bebé a mamar (através do olfacto - o bebé sente o cheiro do leite e procura a mama). - deve-se pegar na mama desenhando com as mãos um C ( e não aquela posição de tesoura) - trazer o bebé até à mama. - Estimular os lábios do bebé com o mamilo e região da boca. - Introduzir o mamilo e a auréola do mamilo na boca do bebé (ter em atenção que o mamilo deve ser colocado sobre a língua do bebé encostado ao palato e não de baixo da língua. Em cima da língua é que estimulará o reflexo de sucção) - O Bebé muitas vezes demora a pegar. É necessário paciência até que o bebé se resolva a começar É NECESSÁRIO TER CONSCIÊNCIA DA NECESSIDADE DE DEGLUTIÇÃO ENTRE SUCÇÕES (ou seja, o bebé mama, mama, mama, engole, mama, mama, mama, engole). Senão engolir não está a mamar!!! Não esquecer que se deve esvaziar uma mama, pôr o bebé a arrotar (encostar o bebé ao corpo da mãe numa posição vertical) e só depois se deve oferecer a outra mama. Se o bebé quiser mamar mais, no final tem que arrotar novamente. É muito importante que se altere a posição da mamada e não se use sempre a mesma posição. Usar sempre a mesma posição pode causar um mau esvaziamento de algumas partes da mama e causar alguma obstrução de um canal. Há várias posições: a de embalo (a mais comum) a de cavalinho (com o bebé encostado ao nosso peito mas de pé) e a de rugby (o bebé deitado ao nosso lado com a cabeça ao lado da mama e o corpo para trás de nós) Vejam este link http://www.imagem.ufrj.br/thumbnails/4/178.jpg vejam aqui mais posições http://www.sosamamentacao.org.pt/Portals/2/posições_1.JPG http://www.sosamamentacao.org.pt/Portals/2/posições_2.JPG

DEPOIS DA MAMADA

Depois da mamada deve-se hidratar bem o mamilo com o leite e deixar a arejar bem a mama. Os discos de algodão que se usa muitas vezes para que absorver o leite são prejudiciais!! Porquê? Porque não deixam a mama respirar. Deve-se usar antes as conchas , que não encostam à mama e têm uns furinhos para que o mamilo possa respirar. Se o mamilo não respira as gretas aparecerão mais facilmente. Se a mama ficar cheia, deve-se usar a bomba para esvaziar a mama. O leite deve ser colocado em saquinhos próprios para congelação, com a indicação da data em que foram retirados. Ainda que seja só um bocadinho deve ser guardado porque é precioso. Mesmo que a quantidade de leite não seja suficiente para encher o saco, não se deve encher o saco com o leite de outra mamada.

HORÁRIOS

Não impôr um horário rígido. Cada bebé acaba por estabelecer a sua rotina. Um bebé no início mama muitas vezes (mais ou menos de duas em duas horas, às vezzes com intervalos até mais pequenos). O nº de mamadas não deve, de forma nenhuma, ser inferior a 6 por dia (em 24 horas). O intervalo entre cada mamada não deve exceder as cinco horas. Deve-se dar de mamar muitas vezes durante o dia. A mamada da noite pode ser um pouco mais espaçada (nos primeiros dias não se consegue - eles estão sempre a mamar) Não impor um tempo limite para a mamada Não deixar que o bebé faça do mamilo chupeta (uma das causas de gretas)

SINAIS DE UMA PEGA CORRECTA

O bebé está com a boca bem aberta O queixo e o nariz do bebé ficam encostados à mama Lábio inferior voltado para foram Mais visível a auréola do mamilo acima da boca do bebé. Abaixo quase nada fica à vista Bochechas do bebé ficam arredondadas Vídeo de uma pega correcta http://www.youtube.com/watch?v=RzptXRlEMV8 (está em inglês mas quem não perceber veja na mesma. Todas as imagens são de posição correcta!!)

SINAIS DE PEGA INCORRECTA

A Boca não está bem aberta Os lábios estão a apontar para a frente (tipo beijo) Mesma quantidade visível da auréola do mamilo em cma e em baixo O queixo do bebé não toca na mama

PROBLEMAS NA AMAMENTAÇÃO MAMILO RASO

No caso de mamilo raso, deve-se esvaziar a mama um bocadinho antes de oferecer a mama ao bebé (porque assim o mamilo não fica tão esticado e é mais fácil ao bebé fazer uma pega correcta)

SAPINHOS

Quando há dor ao amamentar deve também verificar-se a boca do bebé. Se ele tiver na boca umas bolhinhas (a que chamamos sapinhos) é sinal que a mama tem um fungo (candidíase na mama) e é necessário recorrer a um médico para tratamento.

FISSURAS E GRETAS

Assegurar uma boa pega por parte do bebé - evitar os discos de algodão - hidratar a mama com leite antes e depois da mamada - se não se resolver com o leite, deve-se usar um creme próprio à base de lanolina (neste caso não esquecer de limpar bem o mamilo antes da mamada) - em último caso, usar mamilos de silicone (mas evitar porque o bebé engole muito ar e cansa- se muito).

ENCAROÇAMENTO DAS MAMAS

As mamas ficam muito quentes. È comum acontecer isto entre o 3º e o 5º dia após o parto, na altura da subida do leite - no caso de semanter após estes dias, deve procurar-se ajuda médica) Aplicar chuveiro quente ou panos quentes à volta do mamilo. Esvaziar a mama Dar de mamar Retirar todo o leite restante com uma bomba. No caso intervalo das mamadas, deve-se aplicar gelo ( para que a mama não encha tanto) Nesta situação deve-se DIMINUIR a ingestão de líquidos Se HOUVER DOR pode-se tomar Benuron Se houver FEBRE CONSULTAR UM MÉDICO OBSTRUCÇÃO DOS DUCTOS É um pequeno nódulo que se forma em alguma zona da mama. È sinal de que há um canal que se entope. Pode ser devido a um esvaziamento inadequado das mamas ou de uma má posição de amamentação ou até devido ao uso da mesma posição para mamar. O que fazer: Aplicar calor húmido na mama (chuveiro quente ou panos quentes) Massajar bem essa zona Pôr o bebé a mamar nessa mama (mudar o bebé de posição) Retirar o excesso de leite com uma bomba no final MASTITE É uma infecção na mama Pode ocorrer na mama toda (mama vermelha) ou só numa parte da mama. Sintomas Febre Arrepios Dor no corpo e cefaleias TEM QUE SE PROCURAR LOGO AJUDA MÉDICA!! Se não houver pus pode-se continuar a amamentar, caso contrário deve-se interromper de imediato a amamentação Deve-se aplicar calor húmido e esvaziar as mamas. Caso haja pus este leite não deve ser guardado!!!

Os Riscos Ocultos da Epidural - Parte 1

Como intervenções comuns, as epidurais são dadas para reduzir a dor durante o parto. Mas a que preço? Uma conceituada médica australiana põe em causa a forma como este procedimento invasivo interfere com o parto e prejudica quer a mãe, quer o bebé. Adaptado do livro Nascimento Tranquilo, Maternidade Tranquila; O Bom Senso e a Ciência das Opções Tranquilas na Gravidez, Parto e Relação Parental, disponível em http://www.sarahjbuckley.com/ Por Sarah J. BuckleyNúmero 133, Novembro/Dezembro 2005
O primeiro registo do uso de uma epidural é de 1885, quando o neurologista nova-iorquino J. Leonard Corning injectou cocaína na coluna de um paciente que sofria de "fraqueza lombar e incontinência seminal." Mais de um século depois, as epidurais tornaram-se o método mais popular de analgesia, ou alívio da dor, nas maternidades norte-americanas. Em 2002, quase dois terços das mulheres em trabalho de parto, incluindo 59 por cento de mulheres que tiveram um parto vaginal, declararam ter-lhes sido ministrada uma epidural. No Canadá, em 2001-2002, cerca de metade das mulheres que tiveram um parto vaginal usaram uma epidural, e no Reino Unido, em 2003-2004, 21 por cento das mulheres tiveram uma epidural antes ou durante o parto.As epidurais implicam a injecção de um medicamento anestésico local (derivado da cocaína) no espaço epidural – o espaço em volta (epi) das resistentes membranas (dura) que protegem a espinal medula. Uma epidural comum vai paralisar ou bloquear tanto os nervos sensoriais como motores, à sua saída da espinal medula, proporcionando um alívio muito eficaz da dor de parto, tornando, no entanto, a receptora incapaz de mexer a parte inferior do corpo. Nos últimos cinco a dez anos, as epidurais têm sido desenvolvidas com mais baixas concentrações de medicamentos anestésicos locais, e com combinações de anestésicos locais e opiáceos analgésicos (drogas semelhantes à morfina e à meperidina) para reduzir o bloqueio motor. Produzem assim a chamada walking epidural. A analgesia raquidiana tem sido também cada vez mais usada no trabalho de parto para reduzir o bloqueio motor. Esta implica a injecção de medicamentos directamente no espaço raquidiano, atravessando as membranas, e produz apenas uma analgesia de curto prazo. Para prolongar o efeito de alívio da dor no trabalho de parto, as epidurais estão agora a ser co-administradas com a analgesia raquidiana, como uma epidural raquidiana combinada (ERC).Dentro do que está disponível, as analgesias epidurais e raquidianas oferecem às mulheres em trabalho de parto a forma mais eficaz de alívio da dor, e as mulheres que usaram estes analgésicos classificam a sua satisfação em relação ao alívio da dor como muito boa. Seja como for, a satisfação em relação ao alívio da dor não tem paralelo absoluto com a satisfação face ao nascimento, e as epidurais estão associadas a falhas importantes no processo do nascimento. Estas falhas podem interferir com o prazer fundamental e satisfação da mulher face à sua experiência de parto, e podem ainda comprometer a segurança do nascimento tanto para a mãe, como para o bebé.
As epidurais e as hormonas do trabalho de parto
As epidurais interferem de forma significativa com algumas das mais importantes hormonas do trabalho de parto e nascimento, o que pode explicar o seu efeito negativo nas diversas fases do trabalho de parto. Como refere a Organização Mundial de Saúde, “a analgesia epidural é um dos exemplos mais óbvios da medicalização do parto normal, transformando um acontecimento fisiológico num procedimento médico”Por exemplo, a oxitocina, conhecida como a hormona do amor, é também uma substância uterotónica natural, que provoca contracções no útero da mulher em trabalho de parto. As epidurais provocam a descida da libertação de oxitocina por parte da mãe ou a paragem da sua normal subida durante o trabalho de parto. O efeito da analgesia raquidiana na libertação da oxitocina, durante o trabalho de parto, é ainda mais notório. As epidurais também apagam o pico de oxitocina materna que ocorre no momento do nascimento, o mais alto de toda a vida de uma mãe, e que desencadeia as poderosas contracções finais do trabalho de parto e ajuda a mãe e o bebé a apaixonarem-se à primeira vista. Outra importante hormona uterotónica, a prostaglandina F2 alfa, também diminui numa mulher que usa epidural.A beta-endorfina é a hormona do stress que aumenta no trabalho de parto normal para ajudar a parturiente a ultrapassar a dor. A beta-endorfina está também associada ao estado de consciência alterado que é normal no trabalho de parto. Passar-se “para outro planeta”, como algumas descrevem, ajuda a futura mãe a actuar instintivamente em função do seu corpo e do seu bebé, usando, com frequência, movimentos e sons. As epidurais reduzem a libertação de beta-endorfina por parte da mulher em trabalho de parto. Provavelmente, o uso generalizado de epidurais reflecte a nossa dificuldade em apoiar as mulheres neste estado alterado, e a nossa preferência cultural por parturientes caladas e submissas. A adrenalina e a noradrenalina (epinefrina e norepinefrina, conjuntamente conhecidas como catecolaminas, ou CAs) são também libertadas em condições de stress, e os seus níveis aumentam naturalmente no decurso de um trabalho de parto não medicalizado. No final de um trabalho de parto tranquilo, uma onda natural destas hormonas dá à mãe a energia para empurrar cá para fora o seu bebé e deixa-a num estado de excitação e alerta máximo no primeiro encontro com o seu bebé. Esta onda é conhecida como o reflexo da expulsão fetal.No entanto, níveis muito elevados de CA inibem o trabalho de parto, o que pode acontecer quando a parturiente sente fome, frio, medo ou insegurança. Esta resposta faz sentido em termos evolutivos: Se a mãe pressente perigo, as suas hormonas vão atrasar ou parar o trabalho de parto, dando-lhe tempo para fugir em busca de um lugar mais seguro para parir. As epidurais reduzem a libertação de CAs na mulher em trabalho de parto, o que pode ser útil, se elevados níveis destas hormonas estiverem a inibir o trabalho de parto. Contudo, uma redução da onda final de CA, num parto sob o efeito da epidural, poderá contribuir para a dificuldade que as mulheres podem experimentar para expulsarem os seus bebés, com o aumento do risco de um parto instrumentalizado (fórceps e ventosa) que está associado ao uso de uma epidural (ver abaixo).
Efeitos nas diversas fases do trabalho de parto
As epidurais atrasam o trabalho de parto, provavelmente pelos efeitos secundários sobre a libertação de oxitocina, embora também haja evidências de pesquisas em animais, segundo as quais os anestésicos locais usados nas epidurais podem inibir as contracções, ao afectarem directamente o músculo uterino. Em média, a primeira fase do trabalho de parto prolonga-se por mais 26 minutos nas mulheres que usam epidural; e a segunda fase, período expulsivo, é 15 minutos mais prolongada. A quebra no pico final de oxitocina contribui também provavelmente para o risco dobrado de um parto instrumentalizado, por fórceps ou ventosa, para as mulheres que usam epidural, ainda que outros mecanismos o possam também justificar.Por exemplo, na mulher em trabalho de parto, uma epidural também entorpece os músculos do soalho pélvico, que são importantes para guiar a cabeça do bebé para uma boa posição de nascimento. Com uma epidural em acção, é quatro vezes mais provável que o bebé se apresente persistentemente posterior (POP*, ou de face para cima) nas fases finais do trabalho de parto (13 por cento comparando com 3 por cento em mulheres sem epidural, de acordo com um estudo). A posição POP diminui a probabilidade de um parto vaginal espontâneo (PVE). Num estudo, só 26 por cento de mães pela primeira vez (e 57 por cento das mães com várias experiências de parto) passaram pela experiência de um PVE, tendo bebés POP. As restantes mães tiveram um parto instrumentalizado (fórceps ou ventosa) ou uma cesariana.Os anestesistas contavam que as epidurais de baixa dosagem ou as ERC pudessem reduzir as probabilidades de um parto instrumentalizado, mas as melhorias parecem modestas. Num estudo, the Comparative Obstetric Mobile Epidural Trial (COMET), 37 por cento das mulheres com uma epidural convencional passaram por partos instrumentalizados, comparativamente com 29 por cento das mulheres sujeitas a uma ERC. Para o bebé, um parto instrumentalizado pode aumentar os riscos de curto prazo de contusões, ferimentos faciais, deslocamento dos ossos cranianos, e cefaloematoma (coágulo de sangue sob o couro cabeludo).O risco de hemorragia intracraniana (sangramento dentro do crânio) aparece aumentado num estudo para mais do quádruplo em bebés nascidos por meio de fórceps, por comparação com os de nascimento espontâneo, embora dois estudos tivessem mostrado não haver diferenças de desenvolvimento detectáveis nos bebés nascidos com fórceps, aos cinco anos de idade. Outro estudo mostrou que, quando as mulheres com uma epidural têm um parto com fórceps, a força exercida pelo médico para fazer nascer o bebé é quase duas vezes superior à força usada quando uma epidural não está em actuação. As epidurais fazem aumentar ainda a necessidade de pitocina** para acelerar o trabalho de parto, provavelmente devido ao efeito adverso sobre a libertação de oxitocina natural, na parturiente. As mulheres em trabalho de parto sob o efeito de uma epidural têm quase três vezes mais probabilidades de serem sujeitas à administração de pitocina. A combinação de epidurais e pitocina - podendo cada uma delas causar alterações no ritmo cardíaco fetal (RCF) reveladoras de sofrimento fetal – aumenta de forma notória o risco de parto operativo (parto por fórceps, ventosa ou cesariana). Num levantamento australiano, cerca de metade das mães de primeira vez às quais foi ministrada uma epidural e pitocina ao mesmo tempo tiveram um parto operativo. O impacto das epidurais no risco de cesariana é controverso. Diversas publicações recentes sugerem não haver um aumento de risco associado e um aumento de 50 por cento. O risco é provavelmente mais significativo para o primeiro filho de mulheres que levam epidural. Saliente-se que os estudos usados para chegar a estas conclusões correspondem quase todos a amostragens aleatórias controladas, nas quais as mulheres que concordam em participar são aleatoriamente submetidas a alívio da dor epidural ou não epidural. O alívio não epidural da dor envolve normalmente a administração de opiáceos como a meperidina (aka petidina). Muitos destes estudos falham por elevados índices de interferências: “mulheres que se submeteram a formas não epidurais de alívio da dor, mas que foram sujeitas recentemente a epidurais, e vice versa.” De referir ainda que não há verdadeiros grupos de controlo, “ isto é, mulheres que não se submetem a qualquer forma de alívio da dor”. Estes estudos não podem dizer-nos nada sobre o impacto das epidurais comparado com o parto sem medicamentos analgésicos.
* N.T.: Persistentemente occipital posterior
** N.T.: oxitocina sintética, ministrada com o objectivo de estimular contracções uterinas.

Técnicas da epidural e efeitos secundários
Os medicamentos usados nas epidurais são suficientemente fortes para entorpecer e, muitas vezes, paralisar a mãe da cintura para baixo, de forma que não surpreende que os mesmos possam acarretar efeitos secundários significativos quer para a mãe, quer para o bebé. Estes efeitos secundários vão desde mínimos até ao risco de vida, dependendo, em grande medida, do tipo de medicamentos usados. Muitos dos efeitos secundários a seguir mencionados não são ultrapassados com epidurais de baixas dosagens ou walking epidurals, porque as mulheres submetidas a estas técnicas podem continuar a receber uma dose total substancial de anestésicos locais, em especial quando são usadas infusões contínuas e/ou doses medicamentosas a pedido da paciente (altas doses individuais). A adição de medicamentos opiáceos em epidurais ou EEC’s pode trazer riscos acrescidos para a mãe, como prurido (comichão) e depressão respiratória (ver abaixo).
Efeitos secundários na mãe
O efeito secundário mais comum das epidurais é uma quebra na tensão arterial. Este efeito é quase universal e é normalmente colmatado pela administração de fluidos IV antes de ser dada a epidural. Ainda assim, ocorrem episódios de uma significativa quebra de tensão arterial (hipotensão) em cerca de metade das mulheres em trabalho de parto sob o efeito de uma epidural, em especial nos minutos que se seguem à administração da dose medicamentosa. A hipotensão pode causar complicações que podem ir da sensação de desmaio até à paragem cardíaca e podem ainda afectar o fornecimento de sangue ao bebé (ver abaixo). A hipotensão pode ser tratada por meio da administração de mais fluidos IV e, se grave, com injecções de epinefrina (adrenalina). Outro efeito secundário da epidural que é comum inclui a incapacidade de excretar a urina (necessitando algaliamento) em cerca de dois terços das mulheres; comichão na pele (prurido) em dois terços das mulheres com administração de medicamentos opiáceos por via epidural; calafrios em cerca de uma mulher em cada três; sedação em cerca de uma em cada cinco mulheres; e náuseas e vómitos numa mulher em cada vinte. As epidurais podem ainda provocar uma subida da temperatura na mulher em trabalho de parto. Febre acima dos 38ºC em trabalho de parto é cinco vezes mais provável em mulheres submetidas a uma epidural; esta subida de temperatura é mais comum em mulheres que têm o seu primeiro bebé, e mais alta com epidurais mais prolongadas. Por exemplo, num estudo, 7 por cento das mães de primeira vez, com epidural durante o trabalho de parto, estavam febris ao fim de seis horas, aumentando para 36 por cento ao fim de 18 horas. A febre materna pode ter um efeito significativo no bebé (ver abaixo).Os medicamentos opiáceos, especialmente os administrados por via espinal, podem causar dificuldades respiratórias imprevistas na mãe, que podem manifestar-se horas depois do nascimento e podem chegar à paragem respiratória. Um autor comenta: “A depressão respiratória continua a ser uma das mais temíveis e imprevisíveis complicações dos opiáceos ministrados por via intratecal [espinal].”Muitos estudos de observação constataram uma relação entre a epidural e a perda de sangue depois do nascimento (hemorragia pós-parto). Por exemplo, um estudo alargado no Reino Unido descobriu que as mulheres têm o dobro das probabilidades de sofrerem uma hemorragia pós-parto quando sujeitas a uma epidural durante o trabalho de parto. Esta estatística pode estar relacionada com o aumento de partos instrumentalizados e o trauma perineal (causando perda de sangue), ou pode reflectir algumas das disfunções hormonais atrás referidas. Uma epidural proporciona um alívio inadequado da dor em 10 a 15 por cento das mulheres, e o catéter epidural precisa de ser reinserido em cerca de 5 por cento. Em cerca de 1 por cento das mulheres, a agulha da epidural perfura a dura (perfuração dural), o que causa normalmente uma forte dor de cabeça que pode prolongar-se por seis semanas, mas pode normalmente ser tratada por meio de uma injecção no espaço epidural. Efeitos secundários mais graves são raros. Se os medicamentos da epidural forem inadvertidamente injectados na corrente sanguínea, os anestésicos locais podem causar efeitos tóxicos como um discurso desconexo, sonolência, e, em altas doses, convulsões. Este erro ocorre cerca de uma vez em 2,800 punções epidurais. Em todo o caso, reacções que impliquem risco de vida ocorrem numa mulher em 4,000. A morte associada a uma epidural obstétrica é muito rara, mas pode ser causada por paragem cárdio-respiratória, ou por um abcesso epidural que se venha a desenvolver dias ou semanas depois.Complicações tardias incluem fraqueza e entorpecimento em 4 a 18 mulheres em 10,000. A maior parte destas complicações resolvem-se espontaneamente dentro de três meses. Problemas de longo prazo ou permanentes podem advir de danos num nervo durante a aplicação da epidural; de um abcesso ou hematoma (coágulo de sangue) que pode comprimir a espinal medula; ou de reacções tóxicas na cobertura da espinal medula, que podem conduzir à paraplegia.
Efeitos secundários no bebé
Alguns dos mais significativos e bem documentados efeitos secundários para o bebé por nascer (feto) e para o recém-nascido advêm dos efeitos sobre a mãe. Estes incluem, como mencionado acima, efeitos sobre a sua orquestração hormonal, tensão arterial, e regulação de temperatura. Para além do mais, os níveis de substâncias medicamentosas no feto e recém-nascido podem apresentar-se ainda mais elevados do que na mãe, o que pode causar efeitos tóxicos directos. Por exemplo, as epidurais podem causar alterações no ritmo cardíaco fetal (RCF) que indiciam défice no fornecimento de sangue e oxigénio ao feto. Habitualmente verifica-se este efeito logo a seguir à administração de uma epidural (normalmente ao longo dos primeiros 30 minutos), pode prolongar-se por 20 minutos, e ocorre especialmente logo após o uso de medicamentos opiáceos, ministrados por via epidural ou espinal. A maior parte destas alterações no RCF resolvem-se por si só, espontaneamente, com mudança de posição. Mais raramente, estas podem exigir medicação. Alterações mais graves, e o sofrimento fetal que estas possam reflectir, podem exigir uma cesariana de urgência. Destaca-se ainda o facto de o uso de medicamentos opiáceos em analgesia de parto poder causar alterações no RCF. Este processo dificulta a avaliação dos verdadeiros efeitos das epidurais no RCF, porque, em quase todas as amostragens aleatórias, as epidurais são comparadas com a meperidina ou outros medicamentos opiáceos. Um investigador destaca o facto de a posição supina (deitada de costas) poder contribuir de forma significativa para a hipotensão e alterações no RCF, quando uma epidural está em acção. Outro descobriu que a posição supina (mais a epidural) estava associada a um decréscimo no fornecimento de oxigénio ao cérebro do bebé (oxigenação cerebral do feto). O bebé pode ainda ser afectado pela subida da temperatura da mãe, provocada por uma epidural. Num estudo alargado em mães de primeira vez, os bebés nascidos de mães febris, 97 por cento das quais tinham recebido epidurais, comparados com bebés nascidos de mães não febris, tinham maiores probabilidades de se apresentar em condição de debilidade (com baixo índice de Apgar); de ter fraca vocalização; de necessitar de reanimação (11.5 por cento contra 3 por cento); ou de necessitar de internamento enquanto recém-nascido. Um investigador registou um aumento dez vezes superior de ocorrência de encefalopatia do recém-nascido (sinais de dano cerebral) em bebés nascidos de mães febris. A febre materna em trabalhos de parto pode ainda ser causa directa de problemas no recém-nascido. Uma vez que a febre pode ser sinal de infecção envolvendo o útero, os bebés nascidos de mães febris são quase sempre sujeitos a exames para detecção de infecção (sepsis). Estes exames implicam a separação prolongada da mãe, a prestação de cuidados especiais, testes invasivos, e, muito provavelmente, a administração de antibióticos enquanto os resultados dos testes não estão disponíveis. Num estudo com mães de primeira vez, 34 por cento dos bebés de epidural foram sujeitos a exames para detecção de sepsis, comparados com 9.8 por cento de bebés sem epidural.

Fonte: http://www.bionascimento.com em 21-11-2008

O Síndroma de Morte Súbita do Lactente (SMSL)

É o nome dado à morte súbita e inesperada de um bebé, sem explicação da causa, mesmo após investigação apropriada.
Nos países ocidentais constitui uma das causas mais frequentes de morte no primeiro ano de vida. O fenómeno existe também em Portugal mas desconhece-se ainda a sua verdadeira extensão.
Embora não se saiba a causa desta síndroma, em todos os países em que foram modificadas algumas práticas nos cuidados das crianças registou-se uma queda importante da incidência da Síndrome da Morte Súbita do Lactente. O objectivo deste documento é promover a implementação dessas práticas nas crianças portuguesas.

Reduzir o Risco de Síndroma de Morte Súbita do Lactente :
As recomendações seguintes recolhem a experiência de múltiplas associações internacionais, nacionais e regionais e correspondem à melhor evidência disponível da investigação epidemiológica.
Coloque o bebé de costas para dormir. O risco de SMSL aumenta se os bebés dormirem de bruços. A investigação mostra que, quando são deitados de costas, os bebés não bolsam nem aspiram mais o vómito do que se estiverem em qualquer outra posição.
Não fume durante a gravidez. Nem depois. O risco de SMSL aumenta se a mãe fumou durante a gravidez e se continua a fumar após o parto. Se o pai também fuma, o risco agrava-se mais. Não deixe ninguém fumar no ambiente que o seu filho respira - quarto, casa, carro ou onde quer que ele permaneça.
Destape a cabeça do bebé para dormir. A roupa da cama não deve cobrir a cabeça do bebé. Não use edredões nem peças de roupa que o possam cobrir (fraldas, gorros). Deite-o com os pés tocando o fundo da cama de forma a que não haja risco de escorregar para debaixo dos lençóis.
Não coloque o bebé na cama de adultos (para dormir). Se fuma, está muito cansado, tomou algo que altera o sono ou ingeriu bebidas alcoólicas recentemente, não ponha o bebé na sua cama para dormir. Nunca adormeça no sofá com o seu bebé.
Não aqueça demasiado o bébé. O risco de SMSL pode estar associado ao excessivo aquecimento. Para prevenir isto deve usar o bom senso e adequar a temperatura do quarto, a roupa do bebé e a roupa da cama à estação do ano e ao lugar que habita. A temperatura ideal do quarto deverá estar entre 18-21 ºC. Vista-o com o mesmo tipo de roupa que está a usar de forma a sentir-se confortável - não quente.Colocando o dorso da sua mão na nuca ou na barriga do bebé poderá avaliar facilmente se ele está muito aquecido.
Se o bebé tem febre precisa de menos roupa e não de ser agasalhado.
O bebé acordado pode estar noutras posições. Quando está acordado pode ser colocado de barriga para baixo para brincar. Isto fortalece os músculos do pescoço e das costas.

Um conselho da SPP, Sociedade Portuguesa de Pediatria
http://www.spp.pt/conteudos/default.asp?ID=33

Pintura em Tecido

Oi mamãs prendadas!!

Resolvi iniciar aqui a partilha de algumas ideas sobre pintura em tecido, para que possam dar azo à vossa imaginação e aplicação de dotes escondidos :) Vão ver que é muito simples! Se uma ou outra tentativa ficar menos engraçada ou não exactamente como desejariam nada de desanimar tentem de novo! Eu sou mais autodidacta que especialista ehehe por isso acrescentem mais coisas que considerem importantes!!!!!!!

Ao começar temos de pôr as ideias em ordem e ver o que precisamos... Antes de mais escolham um sitio luminoso e com espaço que possam ter assim meio para o desarrumado durante algum tempo, se não têm de estar constantemente a montar a barraca se não terminarem o trabalho no mesmo dia ou na mesma altura...


1º Tecido que iremos pintar: para primeiras tentativas podem ser fraldas, guardanapos de tecido, t-shirts... preferencialmente superficies lisas de algodão... depois de se habituarem à técnica podem experimentar em babetes ou em barrinhas de tecido para ponto cruz... o tecido não precisa ser branco mas de início é preferível...

2º Tema a pintar: Esta é a parte que parece mais simples e divertida do processo mas chega a ser a mais estenuante... no google há imensos desenhos para pintura em tecido basta fazerem a busca por "Riscos para pintura em tecido" ou "desenhos para pintar" aparecem muitos, outra forma é procurarem desenhos específicos "Hello Kitty", "Mickey", "Winnie The Poo" etc... preparem-se porque esta parte pode levar horas.... guardem os que mais gostam numa pasta e depois escolhem o eleito com calma... convém sempre ser um desenho simples com contornos bem definidos os bonecos do tipo da Hello Kitty são optimos para este tipo de pintura...




Para além de bonequitos podem optar por algo ainda mais simples - o nome! Basta abrirem um ficheiro word ou power point e escreverem o nome do vosso piolhito/a e depois alteram o tipo de letra para um engraçado, se não tiverem, há na net imenos tipos de letra divertidos e de freedownload :)





Eu não custumo aventurar-me em desenhos com sobreados mas se alguém souber dominar esta técnica diga como se faz!! Eu vou gostar de aprender! :)


3º Tintas: As tintas a escolher depende muito da disponibilidade de lojas que tenham por perto... eu custumo usar as tintas "So Soft" da Decoart são específicas para tecido, há muitas cores e glitters (brilhantes) não são baratas (cada frasquinho ronda os 2€ mas dá para muito...) são à base de água, quer quer dizer que se podem diluir um pouquinho com água, é preferivel para não ter de comprar mais diluentes e coisas afins que para nós também não é bom... depois de terminar o trabalho convém lavar logo o pincel e acessórios porque depois de seca a tinta passa a ser impermeável. Escolham sempre marcas que tenham grande variedade de cores dá para fazer trabalhos mais bonitos já que a mistura de cores pode nem sempre resultar muito bem... (mas pode-se sempre tentar! eu custumo fazer o castanho e o cinzento ehehe).

4º Cores: Nesta fase ja têm uma ideia do desenho a pintar... mas não pensem só nesse pensem no geral de desenhos que gostariam de tentar... de inicio não se deixem levar pelas cores se não acabam por trazer meia loja em tintas... as cores imprescindiveis são o preto para os contornos, o cor de pele se pintarem carinhas de meninos/meninas, branco, para aclarar algumas cores, se tiverem à espera de meninas o rosa, para meninos o azul... verde, laranja, lilás, vermelho, amarelo... podem ser opções... conforme as vossas carteiras e claro, gostos! :)


5º Pinceis: Esta é a parte que há que ter atenção... a senhora da loja vai adorar dizer que convem levarem 6 tipos de pinceis diferentes... mentira ehehehe pode dar jeito mas não é imprescindível... basta que sejam macios (pêlos brancos) depois escolhem um com a ponta muito fininha para os contornos e para cantinhos apertados, e outro tipo espátula mas não demasiadamente grande para os desenhos de fraldinhas basta um com a cabeça não maior do que o a cabeça do dedo mindinho... vejam os preços porque em matéria de pinceis a coisa varia imenso... e estes dois chega bem para início.


6º Transferir o tema para o tecido: Muito facil, papel vegetal e lápis de carvão! Pegam num bocado de papel vegetal que cubra a totalidade do desenho e tranferem o desenho/nome para o papel vegetal depois sobre uma folha velha viram o papel vegetal e nas costas do desenho riscam bem todas as partes contornadas (de modo a fazerem género papel químico) podem riscar à vontade... isto funciona para desenhos no nome têm de ver porque há que ser feito em espelho... depois voltam a parte riscada para o tecido (não carreguem muito para não sujar mas não se ralem que depois vai a lavar e saí...) e voltam a contornar bem todo o desenho... cuidado para o papel não sair muito do sitio! :) e pronto deverão ter o vosso desenho na fraldinha assim meio sumido... basta passar depois com o lápis directamente no tecido nas partes que não se vêm tão bem...

Ter à mão: Uma tijelinha com água para lavar o pincel quando se muda de tinta, um pano velho ou bocado de papel absorvente, um pratinho descartável ou revestido a papel prateado para se por os bocadinhos de tinta :) depois é so deitar fora :)...

Mãos à obra... !!!! Depois quero ver fotos! :)

Esta é uma das minhas...